Dembélé leva a Bola de Ouro e Paris vira palco de festa histórica
A noite desta segunda-feira em Paris foi de gala, mas também de muito barulho fora do tradicional Théâtre du Châtelet. A cerimônia da Bola de Ouro 2025 consagrou Ousmane Dembélé como o melhor jogador do mundo, em um prêmio que entrou para a história: pela primeira vez todas as categorias tiveram versão masculina e feminina.
Logo após o anúncio, feito por Ronaldinho Gaúcho, a capital francesa explodiu em festa. Torcedores do PSG tomaram as ruas com bandeirões, sinalizadores e cânticos: “Ousmane, Ballon d’Or!”. Dentro do teatro, o clima não foi diferente: aplausos e gritos de euforia marcaram o momento em que o atacante subiu ao palco emocionado, lembrando da família e da trajetória até o topo.
No feminino, nenhuma surpresa: Aitana Bonmatí, do Barcelona, conquistou sua terceira Bola de Ouro consecutiva, reforçando o domínio espanhol no futebol de mulheres. Em seu discurso, a meia destacou a luta por mais visibilidade e respeito às atletas.
A noite também teve momentos curiosos: o ex-jogador Ruud Gullit se atrapalhou ao falar com Sarina Wiegman, chamando-a de “Sabrina” e perguntando sobre a seleção da Holanda, mesmo ela sendo hoje técnica da Inglaterra. Já Gianluigi Donnarumma, eleito melhor goleiro, deu um recado direto ao PSG, lembrando de forma fria os “ex-companheiros” e exaltando o novo clube, o Manchester City.
Para o Brasil, a cerimônia deixou gosto amargo. Nomes como Vinícius Júnior, Alisson, Marta e Estevão estiveram entre os indicados, mas ninguém levou troféu. A melhor posição brasileira veio justamente com Estevão, o jovem do Palmeiras, quarto colocado no prêmio Kopa de revelação.
Mesmo com a frustração verde e amarela, o evento foi celebrado como um marco: a igualdade de prêmios entre homens e mulheres entrou para a história e deu o tom de uma noite em que Paris se rendeu ao brilho de Dembélé e ao reinado de Aitana.
