O Atlético Mineiro, que terminou 2024 mais perdido que cebola em salada de fruta, agora mira no português Luís Castro pra arrumar a casa em 2025. Mas, como tudo que é bom custa, a negociação tá mais enrolada que rocambole de doce de leite.
Vamos começar pelo contexto: depois de uma temporada que prometeu mais que político em ano de eleição e entregou só decepção, o Galo demitiu Gabriel Milito e foi atrás de alguém capaz de colocar ordem no terreiro. Luís Castro, que no Brasil deixou boa impressão no Botafogo, apareceu como o nome certo. Técnico experiente, cheio de teoria tática e com um estilo ofensivo que, em teoria, casa com a identidade que o Atlético quer reimplantar. Mas, mineiramente falando, teoria não põe comida na mesa.
Castro, que tá lá no Al-Nassr empilhando uns trocados árabes, chegou com exigências na ponta do lápis. Quer infraestrutura “da boa”, reforço de peso no elenco e autonomia pra mandar e desmandar. Quer dizer, além de trazer a prancheta debaixo do braço, quer ter a chave do cofre e da Cidade do Galo. Até aí, justo, né? Técnico bom, que pensa grande, precisa de respaldo. Só que o problema é que o Atlético, que anda contando centavo pra fechar as contas, agora precisa fazer mágica pra pagar o português, reforçar o elenco e, ainda por cima, quitar o que ele tem pra receber do Al-Nassr. Não tá fácil pra ninguém.
A diretoria atleticana, empolgada com o projeto, vem tentando costurar tudo bonitinho. O papo é de reconstruir o time, transformar o Galo num bicho competitivo, brigando por taça no Brasil e fora dele. A torcida, que não vê um título importante desde que o arroz doce azedou, já tá sonhando com os bons tempos de Cuca e companhia, quando o Galo botava medo até no Real Madrid (tá, exagero, mas vocês entenderam).
O problema, meu amigo, é que promessa não ganha jogo. A torcida, sempre apaixonada e exigente, tem pressa. Se Luís Castro chegar mesmo, ele vai precisar mais do que fala bonita. Vai ter que mostrar serviço com um elenco que ainda carece de peças de qualidade. O risco? Virar mais um europeu de grife que chega cheio de ideias, mas sai pela porta dos fundos porque não teve bala pra entregar o que prometeu.
Em resumo, a negociação é uma aposta alta. O Atlético-MG quer jogar as fichas num projeto de longo prazo, mas, como diria o mineiro desconfiado, "num adianta comprar a carroça e esquecer do cavalo". Se Luís Castro vier, o Galo precisa garantir que o português tenha os recursos pra transformar promessa em realidade. Senão, 2025 vai ser mais uma temporada de muita prosa e pouca solução. E como todo atleticano sabe, paciência tem limite — e o torcedor não gosta de perder tempo com trem que não anda.