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PIRELLI DEFINE PNEUS PARA JEDDAH
COMPOSTOS MAIS MACIOS NA ARÁBIA
Por Administrador
Publicado em 17/04/2025 09:50
VOLTA RÁPIDA
DETALHE DE PNEU E RODA DIANTEIRA DE UMA MCLAREN

 


Pirelli leva compostos mais macios ao GP da Arábia Saudita: o que isso muda na corrida

Para o Grande Prêmio da Arábia Saudita 2025, a Pirelli optou por levar os compostos C3 (duro), C4 (médio) e C5 (macio) — a tríade mais macia disponível na gama de pneus da Fórmula 1. Essa escolha não é apenas uma decisão técnica, mas uma tentativa clara de fomentar estratégias mais agressivasmaior variação tática entre as equipes e, sobretudo, mais ultrapassagens no rápido e estreito circuito urbano de Jeddah.

Por que os mais macios?

O circuito de Jeddah é conhecido por sua alta velocidade média, com curvas de raio longo e poucas zonas de frenagem forte. Apesar disso, o asfalto da pista tende a ser relativamente liso, com desgaste moderado e baixo nível de abrasividade. Isso abre espaço para a utilização dos pneus mais macios, que oferecem melhor aderência e desempenho em voltas rápidas, sem comprometer tanto a durabilidade — especialmente em um traçado urbano onde bandeiras amarelas e interrupções costumam aparecer.

Impacto na estratégia

A escolha dos C3-C4-C5 deve tornar a classificação ainda mais intensa, já que o C5 — o composto mais macio de todos — será o preferido para as voltas rápidas no Q2 e Q3. Nas corridas anteriores, vimos como as equipes aproveitam esse pneu para maximizar a aderência no qualy, mesmo que sua vida útil seja limitada.

Para a corrida, o cenário muda. O C5 pode ser eficiente em stints curtos, como após um safety car, mas seu desgaste rápido deve forçar os pilotos a evitá-lo em longos períodos. Já o C4 tende a ser o “coringa” da corrida, equilibrando desempenho e durabilidade, enquanto o C3 será crucial para quem quiser alongar os stints e tentar uma parada única.

Mais ultrapassagens?

Com pneus mais macios, há um aumento na degradação ao longo das voltas. Isso pode criar janelas de oportunidade para ultrapassagens, especialmente quando um piloto com pneus novos ataca um adversário com compostos mais gastos. Em um circuito como Jeddah, onde a dificuldade para ultrapassar é real, qualquer vantagem de tração pode ser decisiva nas zonas de DRS.

Gerenciamento térmico será chave

Apesar do clima noturno, o calor típico da região e o perfil do traçado exigem atenção ao superaquecimento dos pneus, principalmente nas longas curvas de alta velocidade. Equipes com melhor gestão térmica podem extrair mais desempenho dos compostos C4 e C5, enquanto outras podem ser forçadas a usar o C3 por segurança.


Resumo técnico:

  • C5 (macio): Melhor performance em classificação, ideal para sprints e stints curtos.

  • C4 (médio): Opção mais equilibrada para a corrida, deverá ser o mais utilizado.

  • C3 (duro): Escolha segura para stints longos, útil em estratégias de uma parada.


A expectativa é de uma corrida dinâmica, com variações táticas importantes e pilotos sendo forçados a tomar decisões em tempo real. O fator pneus pode ser decisivo em Jeddah, e a escolha da Pirelli certamente aumentou o potencial de espetáculo.


 

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