As luzes da Gávea brilharam intensamente na última segunda-feira, refletindo o fervor de uma das eleições mais aguardadas do Flamengo em anos. A vitória de Luiz Eduardo Baptista, o BAP, pela Chapa 1 (Raça, Amor e Paixão) não foi apenas um triunfo eleitoral. Foi o prenúncio de uma nova era para o clube, que, ao longo de sua história, tem sido movido por paixões avassaladoras, glórias e recomeços.
Com 1.731 votos, a oposição conseguiu algo que parecia improvável: encerrar o domínio do grupo de Rodolfo Landim, que buscava a continuidade através de Rodrigo Dunshee e sua Chapa 3 (UNI-FLA). O resultado deixou clara a insatisfação de parte dos sócios com a gestão atual, que, apesar de conquistas marcantes, viu sua imagem desgastada nos bastidores do clube.
A vitória de BAP vai muito além dos números. É uma mensagem, um grito de "mengo" em busca de renovação. O empresário de 64 anos carrega em seus ombros a responsabilidade de cumprir a promessa que ecoou nas últimas semanas: "mudar o Flamengo de patamar". Palavras ousadas, mas essenciais para um clube cuja grandeza não aceita estagnação.
Do outro lado, o grupo da situação amarga a derrota com **1.166 votos**, enquanto Maurício Gomes de Mattos, da Chapa 2 (Mengão Maior), ficou distante na disputa, com **363 votos**. Uma eleição que revelou o tamanho das expectativas e das divisões internas de um clube que, dentro de campo, já mostrou ser capaz de unir milhões.
O próximo capítulo dessa história começa no dia **18 de dezembro**, quando BAP tomará posse. Até lá, as especulações continuarão, os desafios se acumularão e a torcida rubro-negra, sempre inquieta, observará com atenção cada passo do novo presidente.
Será que BAP conseguirá transformar sua visão em realidade? Conseguirá devolver ao Flamengo o protagonismo em campo e a estabilidade fora dele? Apenas o tempo dirá. Mas uma coisa é certa: quando a nação rubro-negra decide escrever um novo capítulo, as páginas que se seguem jamais são entediantes.
A Gávea se despede de um ciclo e abraça o futuro. E como todo flamenguista sabe, o futuro no Flamengo nunca é apenas um novo dia. É sempre um espetáculo à espera de um final épico.
