Há um certo romance em imaginar uma Cadillac cruzando a linha de chegada de uma corrida de Fórmula 1. Não a Cadillac de um dia ensolarado em Detroit, mas sim a metáfora: o coração industrial americano apostando alto em um esporte que parece ter nascido para cativar corações ao redor do globo.

A notícia de que a Cadillac, junto com a Andretti, pode estrear na categoria em 2026 parece um sinal do destino. É quase poético que, enquanto a Fórmula 1 se reinventa, seduzindo os EUA com circuitos em Miami, Austin e Las Vegas, um dos ícones do automobilismo americano surge como possível protagonista. A Cadillac, símbolo do luxo e da ousadia, traz consigo um certo charme de tempos passados, mas com olhos no futuro.

As negociações têm o sabor de um jogo de xadrez. A FIA já deu seu "sim", mas ainda há peças no tabuleiro — as equipes precisam aceitar mais um competidor, e as discussões sobre motores e patrocínios ainda estão em andamento. Como em qualquer grande novela, há quem torça e há quem resista. Afinal, o que a Cadillac trará para o grid? Glamour? Competitividade? Ou uma nova revolução nos boxes?

Seja como for, a Cadillac promete mais do que carros. Promete um sonho americano na velocidade máxima, um rugido de Detroit ecoando nas pistas de todo o mundo. E se 2026 marcar sua estreia, será um novo capítulo na história da Fórmula 1 — um onde tradição e inovação finalmente se cruzam em alta velocidade.