Imagine Ronaldo Fenômeno sentado atrás de uma mesa de mogno polido, com o escudo da CBF reluzindo ao fundo. Os flashes das câmeras piscam, e ele, com aquele sorriso que nos conquistou em 2002, levanta a voz para anunciar: “O futebol brasileiro vai renascer.”
Parece um roteiro de filme, mas é uma possibilidade cada vez mais real. Nesta quinta-feira, em um evento realizado em São Paulo, Ronaldo não apenas confirmou seu desejo de ser presidente da CBF, mas foi além: declarou que está preparado para assumir o cargo. Com a segurança de quem já driblou desafios muito maiores em campo, ele afirmou que tem o conhecimento, a experiência e a determinação necessários para transformar a Confederação Brasileira de Futebol.
Ronaldo sempre foi um homem que enfrentou desafios de frente. Deu chapéu no goleiro com a frieza de um maestro. Lutou contra lesões que pareciam insuperáveis, só para calar o mundo com dois gols na final da Copa de 2002. Mas será que o palco do futebol administrativo é tão diferente daquele gramado onde ele brilhou?
A presidência da CBF não é um cargo qualquer; é um labirinto político, onde se joga mais com palavras e estratégias do que com bolas e chuteiras. Durante o evento, Ronaldo destacou que o futebol brasileiro precisa de mudanças grandes, reformas estruturais que devolvam à Seleção Brasileira o protagonismo global. “Estou extremamente preparado”, afirmou ele, olhando nos olhos de uma plateia que o escutava com atenção.
O Fenômeno teria que superar a desconfiança de federações estaduais e convencer clubes a acreditarem em seu projeto. Sem falar na necessidade de abrir mão de seu clube espanhol, o Valladolid, um de seus atuais empreendimentos. Mas, conhecendo Ronaldo, ele não se intimidaria. É fácil imaginá-lo, em seu estilo direto, entrando nas reuniões com as mesmas estratégias que o tornaram uma lenda. “Precisamos jogar para frente, pensar grande. Vamos colocar a Seleção Brasileira no topo novamente!”, diria ele.
E o Brasil, claro, sonha junto. Quem não se emocionaria com um presidente da CBF que já foi o Fenômeno em campo? Alguém que entende as dores e as glórias de vestir a amarelinha. Há até rumores de que ele já estaria de olho em Pep Guardiola para liderar a Seleção. Um movimento ousado, mas com a cara de Ronaldo.
Se há uma coisa que aprendemos com Ronaldo, é que ele não desiste fácil. Seja nos gramados, nas mesas de negociação ou na presidência da CBF, ele sempre encontra um jeito de driblar as dificuldades e marcar golaços. Quem sabe, em breve, ele não transforme esse sonho em realidade? Com sua declaração nesta quinta-feira, o apito inicial já foi dado. Agora, é esperar o jogo começar.